
Diz o ditado que não se deve voltar ao sítio onde se foi feliz...até pode ser verdade, mas não se o seu nome for Pedro Pablo Pichardo.
Quatro anos após se ter sagrado campeão olímpico naquele mesmo estádio, o atleta português, agora com público nas bancadas, fez o que nenhum outro tinha feito até hoje no nosso país: ser bicampeão do mundo de atletismo.
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Até hoje, apenas Rui Silva e Carla Sacramento tinham concretizado a proeza de repetir pódios nos Campeonatos do Mundo, isto até Pichardo ter levantado voo e aterrado 17,91 metros mais à frente, estabelecendo uma nova melhor marca mundial do ano.
Depois de ter passado com relativa facilidade pela primeira fase, Pedro Pablo Pichardo não começou a final da melhor maneira, com um ensaio de 17,07 metros que o deixou visivelmente desiludido.
Perante a feroz concorrência de nomes como os de Yasser Mohammed ou Lázaro Martínez, o triplo-saltista português traçar a sua linha na areia, com um salto de 17,55. Braços no ar para a bancada e uma expressão de quem sabe que esta é uma marca com potencial de medalha.
Mas quis o destino que o caminho para o 'bi' tivesse um último grande obstáculo. O seu nome é Andrea Dallavalle. À entrada para a última ronda, o italiano estava no quarto lugar, mas um salto magnífico de 17.64 metros catapultou o transalpino para um primeiro lugar no qual o próprio parecia ainda não acreditar.
Todavia, Pichardo teria a última palavra.
Imperturbável perante este golpe de teatro, o português estava determinado a recuperar o que dera tanto trabalho a conquistar.
Pichardo pediu as palmas (num compasso muito próprio), ganhou velocidade e, empurrado por 11 milhões de portugueses, levantou voo, levando novamente a melhor sobre Isaac Newton, bateu a lei da gravidade, para chegar perto dos 18 metros.
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"Quem é o melhor?!", perguntava Pichardo para as câmaras, a resposta aí está.
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