O último jogo da carreira de Rafael Nadal está a mexer com os adeptos do craque espanhol. O maiorquino anunciou na quinta-feira que irá retirar-se dos courts em novembro, após as finais da Taça Davis, que se disputam em Málaga, de 19 a 24 de novembro. A prova vai decorrer pelo terceiro ano seguido no Palácio dos Desportos José María Martín Carpena, na cidade andaluza.

Assim que anunciou a sua retirada, começou a louca corrida dos adeptos pelos bilhetes para ver, pela última vez, o vencedor de 22 títulos do Grand Slam. Os preços nos sites de revendas de bilhetes dispararam, e vão dos 1500 aos 34.500 euros, de acordo com a 'Marca'.

Os bilhetes para final da Taça Davis tinham-se esgotados há duas semanas nos locais de venda habituais, já com a expetativa de ver Carlos Alcaraz e Rafa Nadal em ação.

Dez momentos marcantes da carreira de Nadal

Além das finais das finais da Taça Davis, Málaga irá receber ainda jogos do Mundial feminino da Taça Billie Jean King. Os bilhetes para a eliminatória entre Espanha e Países Baixos, na Taça Davis, já estão esgotados nos canais oficiais. Agora, só nos sites de revenda, como a Viagogo, onde os mais caros custam 34.500 euros esta sexta-feira. Com o passar dos dias, a tendência será os preços aumentarem cada vez mais.

Nos canais oficiais, os preços dos bilhetes variam entre os 40 e os 525 euros para a zona VIP, para os quartos de final; dos 53 aos 595 euros para os encontros das meias-finais e dos 63 aos 650 euros para a final.

A Federação Internacional de Ténis (ITF) reteve alguns bilhetes que serão destinados aos países que avancem para as rondas seguintes: meias-finais e finais.

O Palácio dos Desportos José María Martín Carpena é a casa do Unicaja, equipa que atua na principal liga espanhola de basquetebol. Para a Taça Davis em ténis, a lotação do recinto será reduzida.

Adiós, Nadal: os números e os marcos de uma carreira impressionante
Adiós, Nadal: os números e os marcos de uma carreira impressionante
Ver artigo

Nadal não joga desde que foi eliminado na segunda ronda dos Jogos Olímpicos Paris2024, frente ao sérvio Novak Djokovic. Antes dos Jogos Olímpicos, Nadal, muito afetado por lesões nos últimos anos, tinha chegado à sua última final, no torneio de Bastad, na Suécia, na qual foi derrotado pelo português Nuno Borges.

O maiorquino não conquista qualquer título desde 2022, quando conquistou os seus dois últimos torneios do Grand Slam, na Austrália e em Roland Garros, coroando-se ainda mais como o ‘rei’ da terra batida, ao vencer pela 14.ª vez em Paris, no seu último título.

Além dos 22 ‘majors’ conquistados, o maiorquino, antigo número um mundial, conquistou mais 70 troféus e foi campeão olímpico em singulares em Pequim2008, conseguindo o ‘Golden Slam’ – quatro ‘majors’ e ouro olímpico – e em pares no Rio2016.

A sua despedida será em casa, disputando a final a oito da Taça Davis em Málaga, procurando o seu quinto título na competição por equipas.

Nadal é o segundo membro do ‘big-3’ que dominou o ténis mundial nos últimos anos a retirar-se, depois de o suíço Roger Federer em 2022, ‘sobrando’ apenas Novak Djokovic, num fim de uma era à qual se pode juntar a reforma do britânico Andy Murray, após Paris2024.