O escalão principal do futebol português vai continuar a jogar-se, sobretudo, no litoral norte em 2022/23, mas há esta temporada mais duas equipas a sul do Mondego.
A grande novidade para esta temporada reside no facto de, pela primeira vez desde 1984/85 (ou seja, 39 anos), não termos qualquer formação insular em prova, com as descidas de Santa Clara e Marítimo à II Liga. O interior do país, por seu lado, continua com apenas uma equipa, com o Chaves a representar assim a região de Trás-os-Montes. Várias outras regiões seguem sem representantes.
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A sul do Mondego são, agora, sete as equipas
Um olhar para a distribuição dos 18 clubes pelo mapa de Portugal continua a mostrar, efetivamente, uma diferença entre clubes a norte e a sul. Uma diferença que, contudo, esta temporada será mais reduzida do que na anterior, com a descida do Paços de Ferreira e a subida de Estrela da Amadora e Farense.
Dividindo o país pelo rio Mondego (e não havendo agora equipas das ilhas da Madeira e dos Açores), verificamos que acima temos dez clubes e abaixo temos agora sete (Estrela e Farense juntaram-se a Sporting, Benfica, Estoril, Casa Pia e Portimonense).
Veja a distribuição das equipas da I Liga 22/23 pelo mapa
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Braga continua a ser o distrito mais representado, Lisboa cresce, Porto desce
Olhando distrito a distrito, Braga continua a ser o mais representado com nada mais, agora com seis clubes, tendo juntado mais um clube ao seu lote: SC Braga, V.Guimarães, Vizela, Famalicão e Gil Vicente têm agora a companhia do regressado Moreirense.
Segue-se Lisboa, que também viu o seu contingente crescer e é agora de cinco emblemas, com o Estrela da Amadora a juntar-se a Benfica, Sporting, Estoril e Casa Pia.
Já o distrito do Porto, que na época passada contava com quatro clubes, com a descida do Paços de Ferreira viu esse número descer apenas para três: FC Porto, Boavista e Rio Ave.
Faro foi o outro distrito a crescer, tendo agora dois clubes (Portimonense e Farense). Vila Real (GD Chaves) e Aveiro (Arouca) mantém um clube, mas as regiões autónomas da Madeira (Marítimo) e dos Açores (Santa Clara) perderam os seus clubes.
Alentejo, Ribatejo e Beira Baixa há muito sem representantes
Quer isto dizer que, para além das regiões autónomas, há em Portugal continental 12 distritos sem qualquer representante: Bragança, Viana do Castelo, Viseu, Coimbra, Leiria, Castelo Branco, Guarda, Santarém, Setúbal, Portalegre, Évora e Beja.
O Alentejo segue assim sem representantes pela 23.ª temporada consecutiva (desde a descida do Campomeiorense em 2000/01), enquanto o Ribatejo vai para a 20.ª temporada (desde a descida do Alverca, em 2003/04). Mas, pior, está a região da Beira Baixa, que não tem uma equipa no escalão principal desde que o Sp.Covilhã deixou o convívio dos grandes pela última vez, em 1987/88.
Quanto às Ilhas da Madeira e dos Açores, os madeirenses já chegaram a contar com três equipas em simultâneo no escalão principal (Marítimo, Nacional e União, o que sucedeu pela última vez há oito anos) e não têm agora nenhuma, enquanto os açorianos deixaram de ter um representante, depois de cinco temporadas seguidas do Santa Clara na I Liga.
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