Pedro Pablo Pichardo, Patrícia Mamona, Jorge Fonseca e Fernando Pimenta assumiram o orgulho com a distinção com as medalhas de excelência desportiva do Comité Olímpico de Portugal (COP), prometendo empenho para repetir as conquistas.
“Estar aqui significa muito, receber prémios é sempre bom, porque é o reconhecimento do trabalho. A minha ambição é estar aqui até acabar a minha carreira desportiva, vou continuar a trabalhar para que isso aconteça”, afirmou Pichardo, medalha de ouro no triplo salto em Tóquio2020.
O quinto campeão olímpico português repartiu o prémio com Patrícia Mamona, que conquistou a prata na mesma especialidade, o judoca Jorge Fonseca e o canoísta Fernando Pimenta, que alcançaram o bronze em -100 kg e K1 1.000 metros, respetivamente.
Pichardo, que em 2021 se sagrou ainda campeão europeu em pista coberta e venceu a Liga de Diamante, reconheceu ter sido um ano “muito bom”, com as conquistas mais importantes da carreira.
“Mas tenho de aguardar pelo que vai acontecer nos próximos anos. Ainda falta muito tempo, na minha cabeça quero sempre ganhar, mas não posso esquecer que tenho rivais e que tenho de os respeitar”, frisou o luso-cubano.
Pouco depois da conquista do título olímpico, Pichardo admitiu que o seu pai e treinador lhe apontou com objetivo saltar 18,50 metros, uma marca bem acima dos 18,29 do recorde mundial que está na posse de Jonathan Edwards desde 1995.
“Já comecei a treinar há três semanas, é cedo para dar uma resposta, mas estou a trabalhar muito para atingir o que o meu pai disse. Gostava que acontecesse antes de Paris2024, vou fazer muito para acontecer no próximo ano”, vincou.
Igualmente distinguida, Patrícia Mamona também mostrou vontade de superar o seu recorde pessoal, que fixou em 15,01 metros, em Tóquio2020.
“Ao longo de 20 anos, o meu trabalho foi sempre na tentativa de me superar. 15,01 metros não é fácil de bater, mas confio que há algo a corrigir e que vou conseguir ainda mais. Acho que estes momentos são de comemoração para percebemos que o público e o COP estão orgulhosos do nosso trabalho, que estão atentos e a apoiar-nos. De certa forma, estão a dar-nos os parabéns e, para mim, é um grande orgulho receber este prémio”, afirmou a vice-campeã olímpica.
O judoca Jorge Fonseca venceu o galardão de excelência pela segunda vez consecutiva, apreciando a distinção.
“É sempre bom receber um prémio, ser valorizado pelo que fizemos, pelo mérito desportivo. Estou cá para partilhar com toda a gente. O meu objetivo é conquistar alegrias e dar alegrias aos portugueses e a todos os que gostam de mim”, referiu o também bicampeão do mundo de judo.
Igualmente repetente no palco da gala de Celebração Olímpica, em Lisboa, o canoísta Fernando Pimenta também enalteceu a importância deste galardão: “É sempre um momento especial, uma oportunidade de reviver um pouco do espírito olímpico e rever alguns dos maiores exemplos do nosso desporto”.
“Acho que é o quinto prémio. Foram quatro consecutivos e, depois, foi justamente o Jorge Fonseca. Receber outra vez é especial, por causa da medalha olímpica, mas também o foi em 2016, porque o COP acreditou no meu esforço, no meu trabalho, nos meus resultados – fui bicampeão da Europa – e cheguei aos Jogos Olímpicos e não consegui uma medalha pelos fatores que todos sabemos. Sem dúvida, foi um ano especial porque senti o carinho, o apoio e a confiança para este percurso fantástico”, concluiu Pimenta, que recuperou o título mundial de K1 1.000 metros e se sagrou 'vice' em K1 5.000.
Na mesma gala, os prémios juventude foram entregues ao canoísta Pedro Casinha, campeão do mundo de juniores em K1 200 metros, e Maria Martins, campeã da Europa de sub-23 em omnium e sétima classificada em Tóquio2020.
“É muito positivo para mim, muito importante, é a recompensa de um bom trabalho que tenho feito ao longo de todo o processo até aqui. É a forma de terminar o ano fantástico da melhor forma”, rematou Maria Martins.
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